sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Definições das partes constituintes do olho humano

   Pálpebrasdobra fina da pele e de músculo que cobre e protege os olhos. Os músculos que ficam na parte superior dos olhos retraem as pálpebras "abrindo" os olhos. Este processo tanto pode ser voluntário como involuntário.

   Córnea – parte anterior transparente e protectora do olho dos vertebrados. Fica localizada na região polar anterior do globo ocular. A córnea e o cristalino têm a função de focar a luz através da pupila para a retina, como se fosse uma lente fixa. São as lágrimas (secreção lacrimal) que mantêm a córnea húmida e saudável.

   Esclera – é onde estão inseridos os músculos do bulbo do olho (extra-oculares). A superfície visível da esclera é coberta por uma membrana transparente e fina, chamada conjuntiva, que deriva da camada epitelial externa da córnea e que também cobre a face interna das pálpebras. É opaca e contém fibras de colágeno e elastina. Nas crianças, é mais fina e apresenta algum pigmento, sendo levemente azulada. Nos idosos o depósito de gordura na esclera, faz com que ela aparente uma coloração levemente amarelada.
 
   Írisé a parte mais visível (e colorida) do olho de vertebrados. Existe um orifício em seu centro, chamado de pupila, cuja função é controlar a quantidade de luz que entra no olho. Em um ambiente com muita luz, ocorre a miose (diminuição do diâmetro da pupila), ao passo que, com pouca luz, ocorre a midríase (aumento do diâmetro da pupila).

  Coroide – (ou corioide) é uma estrutura do olho que está situada entre a esclerótica e a retina e é intensamente pigmentada. Esses pigmentos absorvem a luz que chega à retina, evitando sua reflexão. Acha-se intensamente vascularizada e tem a função de nutrir a retina. Abastece de nutrientes e oxigénio os tecidos oculares.
 
   Cório é a membrana do olho, fina, vascular, pigmentada, situada entre a esclerótica e a retina; coroidéia. Ou é uma membrana de natureza celular que envolve o embrião e o saco vitelínico de répteis e aves.
   Córion – nos mamíferos, o córion deriva do trofoblasto e divide-se em liso e viloso. O Córion liso envolve o âmnio, enquanto o córion viloso forma a placenta.
  
   Úvea – também denominada 'trato uveal, é constituída por três estruturas: a íris, o corpo ciliar e a coróide. A íris, o anel colorido que circunda a pupila, abre-se e fecha-se como a abertura da lente de uma máquina fotográfica. O corpo ciliar é o conjunto de músculos que tornam o cristalino mais espesso para que o olho possa focar os objectos próximos e que o tornam mais fino para que o olho consiga focar os objectos distantes. A coróide é o revestimento interno do olho, que se estende desde a margem dos músculos ciliares até o nervo óptico, localizado na parte posterior do olho.

   Humor aquosoé o líquido incolor, constituído por água (98%) e sais dissolvidos (2%) – predominantemente cloreto de sódio – que preenche as câmaras oculares (cavidade do olho, entre a córnea e o cristalino). Ele é produzido incessantemente, com valor médio de 3 ml por dia, no processo ciliar, uma região recoberta por uma camada de células epiteliais, que transportam ativamente o humor aquoso desses processos ciliares para a parte posterior da córnea e à parte anterior da íris. Para manter a pressão do globo ocular constante, é drenado da região trabecular para um vaso chamado "canal de schlemm", que circunda todo o olho, na qual está ligado à veia episcleral pelo arqueduto venoso.
    O humor aquoso determina a pressão intra-ocular que em condições normais é menor que 22 mmHg (22 torra). Este fluido é produzido continuamente, cerca de 5 ml por dia, sendo o excesso eliminado pelo canal de Schlemm. Um problema de drenagem por este canal pode levar à cegueira, pois com o aumento da pressão intra-ocular a irrigação da retina é dificultada, o que leva à morte as células sensoriais.
  
   Cristalino é a lente dos olhos sendo um citosistema altamente organizado que se localiza entre a íris e o humor vítreo. É constituído por células organizadas longitudinalmente, como uma casca de cebola, que perdem as suas organelas durante a formação, assumindo desta maneira sua característica de ser transparente. Tem de 7 a 9 mm de comprimento no seu maior eixo e 2 a 4 mm de espessura, com formato parecido com uma lentilha. O cristalino cresce continuamente durante a vida do indivíduo. Funciona como uma lente, participando dos meios refractivos do olho, sendo capaz de aumentar o grau, para focalização das imagens de perto (acomodação). Alterações em sua estrutura e tamanho perto dos quarenta anos de idade levam a dificuldades para visualizar de perto (presbiopia), situação que pode ser corrigida com uso de óculos.

   Humor vítreo – também conhecido por corpo vítreo do olho ou simplesmente por vítreo, é a substância gelatinosa e viscosa, formada por uma substância amorfa semilíquida, fibras e células, que se encontra na câmara posterior, entre o cristalino e a retina, sob pressão, de modo a manter a forma esférica do olho.

   Pupila – (termo oriundo do latim, pupilla - menininha), ou Menina dos olhos, é a parte do olho, como um orifício de diâmetro regulável, que está situada entre a córnea e o cristalino, e no centro da íris, responsável pela passagem da luz do meio exterior até os órgãos sensoriais da retina. Localiza-se na parte média do olho, ou úvea e tem por função regular a quantidade de luz que passa para a retina.
  Por ser um orifício, não tem cor, mas sua aparência é preta, pois não há iluminação na parte interna do olho. Nos humanos e muitos animais (inclusive em alguns peixes), o tamanho da pupila é controlada pela constrição e dilatação involuntária da íris, para controlar a intensidade da passagem de luz, por reflexo. No homem numa claridade normal, a pupila tem um diâmetro de 3 a 4 mm. Em grande luminosidade o diâmetro chega a medir 1,5 mm e no escuro, pode atingir o diâmetro de 8 mm.

    Nervo óptico é o segundo (II) dos doze pares cranianos presentes em nosso cérebro que cumpre diversas funções: motoras, sensitivas e mistas. De função sensitiva, este nervo capta as informações através dos cones e bastonetes presentes na retina que são estimulados pela luz projectada em objectos. As informações visuais são captadas e enviadas ao lóbulo occipital do cérebro sendo responsável por processar esta informação, gerando resultados de cor, forma, tamanho, distância e noções de espaço.
  Este nervo está formado por um conglomerado de fibras nervosas que nascem nas células ganglionares da retina. Todas estas fibras agrupadas convergem o disco óptico, atravessam a coróide e a esclera e constituem na sua emergência do globo ocular, um cordão volumoso arredondado chamado Nervo Óptico.

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